Para comemorar a passagem dos Abelhas por Nova Lisboa, dois abelhas (Furriel Silva e o 1º Cabo Silva/Benfica) resolveram que ficaria bem à entrada do quartel uma estátua - mas não um qualquer símbolo militar, pelo que rejeitaram a ideia habitual do canhão ou do carro de combate.
Se a nossa actividade era o trabalho de apoio, então a estátua deveria glorificar isso mesmo: o espírito do trabalhador, numa expressão plástica que realçasse o seu sentido de importância, nobreza e liberdade, associando-o a uma pose orgulhosa e digna.
Realizada em ferro pintado a negro, foi implantada no centro de uma peanha com àgua - como emergindo de um elemento natural e puro.
Foi mais um ponto de orgulho, com inauguração solene pelo Brigadeiro Nobre dos Santos, Comandante do Serviço de Material em Angola.
Soubemos depois que alguns dos símbolos usados mereceram alguma suspeita (o martelo de ferreiro nunca foi de facto bem visto...), o que trouxe inclusivé alguma pressão sobre o nosso comandante Ladino. A ele agradecemos o apoio que sempre nos deu e a figura paternal que tão bem soube representar.
Infelizmente, como tantas vezes acontece com a cultura, soubemos que a obra acabou por ser destruida pela incompreensão dos nossos sucessores.
Nota:
Recebemos agora a informação que, em 1973, com o PAD3069 (Rui Seleiro) a estátua ainda estava de pé. Com o PAD9789 (Antonio Fernando Pinto), que foi o ultimo PAD que esteve no local, em 1974, antes da independência, a estátua já não existia. Afinal, ainda durou uns anos ....