Infelizmente, nos ultimos anos não realizamos o habitual almoço convívio.
Sintoma da crise, resultado de estarmos mais velhotes, falta de vozes interessadas, de tudo um pouco.
Mas será que vamos acabar o convivio ?
O espirito dos Abelhas tem de ressurgir e continuar, por muito que estejamos longe uns dos outros, cansados, velhos, adoentados ou desanimados com a crise. O espirito dos Abelhas será mais forte e os que ficam devem recordar os que já partiram.
Temos de estar juntos de novo. Muita coisa há ainda para partilhar.
Aponta na tua agenda, começa a fazer um mealheiro, ganha vontade.
Não deixes que a amizade arrefeça.
O PAD1246 continua bem vivo na nossa memória, e temos de passar esse sentimento aos nossos filhos e netos.
Vamos fazer regressar o almoço anual de convivio.
Fica o desafio a todos nós e aos habituais organizadores: o Américo e o Tito.
Foram incluidos mais posts dos almoços feitos na area de Lisboa.
Vejam no INDICE em cima à esquerda
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Temos recebido contactos de amigos que tropeçam no blog e nos enviam cumprimentos.
Vejam os textos em Miscelâneas.
Por exemplo:
-Albino Ladino, irmão do nosso comandante, e que vive no Brasil;
-Jose Alves, filho do comandante do PAD1250 (Dembos);
-Antonio Bela Morais, Coronel de Cavalaria, coleccionador de crachás;
-Engº Sergio Pequeno, responsável pelas obras de recuperação das termas das Aguas Quentes do Alto Hama;
-Antonio Fernando Pinto, PAD9789, o ultimo a estar no local, em 1975;
-Rui Seleiro, PAD3069, esteve no local em 1972/4
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Este blog está em melhoria permanente.
Isto só será possível com a colaboração de todos os Abelhas, enviando as suas correcções, textos, fotos e curiosidades, para incluirmos no nosso blog, que queremos seja a recordação viva dos dois anos que passámos juntos, em condições emocionais dificeis, mas que por isso mesmo deixaram uma marca bem vincada em todos nós, de solidariedade e companheirismo.
Enviem a vossa colaboração para o ex-Furriel Silva, por mail para antoniohenrique@netcabo.pt ou pelo telefone 21 253 12 20.
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ULTIMA ACTUALIZAÇÃO FEITA EM: 16/11/2015
O PAD1246-Pelotão de Apoio Directo, foi uma unidade pertencente ao Serviço de Material do Exército, constituida em Outubro de 1967, no Batalhão do Serviço de Material, no Entroncamento, para prestar serviço em Angola, para onde embarcou no navio Niassa, em Novembro, tendo ficado instalada em Nova Lisboa (actual Huambo).
MISSÃO - Prestar apoio às várias unidades militares instaladas nas zonas centro e sul de Angola, na manutenção de material auto (mecânica, bate-chapa, pintura, serralharia, estofador, etc), manutenção de armamento e fornecimento de munições e explosivos.
COMPOSIÇÃO - Um tenente, um 1º sargento, dois 2ºs sargentos, seis furrieis milicianos, dezoito 1ºs cabos e dezasseis soldados.
SIMBOLOS - Foi adoptado como nome de guerra "OS ABELHAS", significativo do espírito de equipa e trabalho laborioso e duro que esperávamos desenvolver; a frase-emblema foi "FAZEI MAIS O QUE SOUBERDES", retirada de "Os Lusíadas", de Luis de Camões, como forma estratégica de se alcançar a perfeição e a excelência na missão que nos esperava, e a santa protectora foi NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, Padroeira do Reino de Portugal, (Igreja de Vila Viçosa).
EMBLEMA - O emblema é composto por um poliedro de dois quadrados sobrepostos, dividido em 4 partes, nas cores de fundo azul e vermelho. Em cada uma das quatro, o mapa de Angola, a santa padroeira, o nome do PAD1246 e o nome de guerra "Os Abelhas", tudo ligado ao centro pelo emblema do Serviço de Material do Exercito, um facho ardente com parte de uma roda dentada na base.Na base do poliedro a frase "Fazei mais o que souberdes" em faixa ondulante.
Pouco tempo depois de chegarmos a Angola, recebemos meia centena de emblemas bordados pacientemente à mão, um a um, oferta da esposa do nosso Tenente, e que todos passámos a ostentar no braço, como símbolo duma família unida.
REGRESSO - O PAD1246 regressou dois anos depois, tendo embarcado em Luanda, de novo no Niassa, em Dezembro de 1969, felizmente sem baixas, e chegado a Lisboa logo após o Natal.
Tenente Custódio de Jesus LADINO (reformado como Ten.Coronel)
1º Sargento NICOLAU Luis de Melo
2º Sargento Anibal da Conceição Romeiro MARQUES
2º Sargento Antonio Manuel RATO
Furriel Milicº Alvaro Manuel Moreira de MELO
Furriel Milicº Alcino Moreira SABINO
Furriel Milicº CLEMENTE Carvalho de Freitas Valentim
Furriel Milicº Antonio Henriques da SILVA
Furriel Milicº Armando dos Santos CERQUEIRA
Furriel Milicº Jose Maria Pereira da COSTA
1º Cabo Belmiro Alves de MATOS
1º Cabo David Cardoso Coelho de FIGUEIREDO
1º Cabo Augusto Jose do REGO
1º Cabo AMERICO Luis
1º Cabo Anibal CARVALHEIRA dos Santos
1º Cabo João Antunes dos Santos (o Electrico)
1º Cabo ALCINO Aguiar da Silva
1º Cabo Modesto de São José Carvalho ( o Tarujo)
1º Cabo Jose Cesario da Silva DIAS
1º Cabo ALCINO Antonio Rodrigues Batista
1º Cabo Alfredo Ferreira Dias (o Beiço Rachado)
1º Cabo Jose João dos REIS (o Estofador)
1º Cabo ORLANDO Joaquim Ferreira da Silva (o Enfermeiro)
1º Cabo SILVIO de Almeida Ferreira Costa
1º Cabo Jose Correia da SILVA (o Benfica)
1º Cabo Orlando Manuel Marques CASTELHANO
1º Cabo Francisco Jose HORTA
1º Cabo Antonio da Silva Aguiar
Soldado Fernando Jorge Nunes Lopes (o Vinte e Oito)
Soldado Manuel Joaquim Alves Ribeiro
Soldado Arlindo Ribeiro de Lima
Soldado Francisco Duarte da SILVA (o Gago)
Soldado Henrique Martins dos Santos
Soldado Francisco Teixeira BARBOSA
Soldado RUI Manuel da Silva Martins de Oliveira
Soldado Joao Candeia PIÇARRA
Soldado Horácio Francisco Rodrigues
Soldado Antonio de Magalhães CAMPOS
Soldado Luis Augusto PAULINO
Soldado Jose Teixeira Alves Soares
Soldado Jose Francisco Pinto (o Sacavem)
Soldado Antonio Joaquim da Costa
Soldado TITO da Silva Lucas
Soldado Joaquim Lopes de Oliveira
Mais tarde juntaram-se mais alguns elementos que passaram tambem a fazer parte da Família inicial:
Furriel Milicº ??? Cunha
Furriel Albino Alberto Santos da Silva (que nos contactou em Março 2009 !)
Soldado ??? (o Caló)
Soldado Miguel José Frutuoso SILVA
Foram ainda incluidos alguns soldados de recrutamento local, como ajudantes, e alguns jovens civis, a quem foi feita formação nos trabalhos que o PAD1246 desenvolvia: mecânica auto, pintura, bate-chapa, carpintaria, estofador.
Alguns, entretanto, já partiram. Mas continuarão sempre na nossa memória.
O Embarque fez-se em Lisboa, no navio Niassa, um antigo barco de passageiros transformado para transporte de tropas, com 3 andares de beliches instaladas no porão, quente e húmido, quase sem luz, e casas de banho e duches improvisadas no convés, com ligação directa para o mar... Todo o espaço era aproveitado, para transportar o máximo possivel de tropas.
A Viagem demorou 10 dias, com o Niassa ligeiramente inclinado para a esquerda (!), devido a um estabilizador há muito tempo avariado. Ao largo da Guiné fez-se uma paragem de várias horas, para avaliar se aportávamos ou não, pois uma boa parte das tropas sofreu uma intoxicação alimentar; com o apoio de todos, instalação em camas nas cabines dos mais afectados, muita àgua e alguma sorte, lá continuámos viagem.
A Chegada a Luanda trouxe a todos o alívio de pisar terra firma, embora com muitos de nós ainda mal refeitos do problema. Intacta, porém, a camaradagem iniciada no Entroncamento, onde tivemos 4 semanas de preparação, reforçada com a solidariedade que o problema médico obrigou a estabelecer entre todos.
A cidade de Nova Lisboa, actualmente designada cidade do Huambo, fica no centro de Angola, a cerca de 600Km de Luanda, a capital, num planalto com cerca de 2000 metros de altitude, o que lhe confere um clima bastante mais moderado, com temperaturas amenas, sem o habitual calor africano.
Nos anos sessenta, Nova Lisboa era a segunda maior cidade de Angola, com um grau de prosperidade assinalável, cidade tipicamente tropical, com vivendas modernas, alguns edifícios já de grande volume, avenidas largas e bem cuidadas, jardins e esculturas, um excelente hospital, um grande liceu com mais de um milhar de alunos, um bom cinema, muito comércio e algumas pequenas industrias, essencialmente na area da metalurgia, industrias alimentares de carnes, e exploração de pedreiras.
A agricultura era rica, dado o clima excelente e a qualidade dos solos, e a pecuária muito desenvolvida, com uma localização previlegiada como placa comercial, era o centro nevrálgico e administrativo do caminho de ferro de Benguela, que fazia o escoamento do minério de ferro e pirites do leste para o porto de mar de Benguela.
Culturalmente, Nova Lisboa tinha uma vida intensa, com cinema, vários clubes e agremiações, um Liceu e um Instituto Superior de Investigação Veterinária. Muitos dos escritores e poetas angolanos são de facto oriundos desta cidade.
(fotos de 1970 do site da Associação Antigos Alunos do Liceu de Nova Lisboa)
(fotos de 1967 do site Angola Em Fotos Antigas)
COMANDO - Começou por um pequeno espaço apertado e partilhado com outros serviços, e passou a uma area funcional, de onde saía toda a orientação dos trabalhos e a estratégia a seguir, e onde se encontrava sempre uma palavra amiga e de estimulo. Foi de facto um centro de responsabilidade pelos excelentes índices de rendimento e qualidade que o PAD1246 atingiu, e que mereceram vários louvores elogiosos das chefias militares, mas sobretudo foi para todos nós um companheiro e amigo nas horas difíceis, pelo dinamizar do espírito de sã camaradagem e sólida amizade que se cimentou entre todos, consolidados no prática diária da entreajuda e apoio mútuo, e de que ainda hoje sentimos saudade.
OFICINA AUTO - Era a principal missão do PAD1246, a manutenção de viaturas das unidades apoiadas, na Zona Sul de Angola, englobando todas as valências: mecânica, bate-chapa, soldadura, torneiro, serralharia, pintura, estofador, carpintaria. Após uma triagem inicial, pois algumas viaturas eram reenviadas para Luanda para a sucata ou para intervenções de maior complexidade, entrava em acção o espírito do PAD1246, tentando fazer sempre o máximo - que ia até à substituição total de motores e caixas de velocidades, ou criação de uma peça nova se não havia em stock, isto a par do habitual desenrascanço - e muitas vezes um pedaço de arame fazia maravilhas !....Foi uma excelente escola e um laboratório de sólida experiência.
OFICINA DE ARMAMENTO - Actividade muito menos intensa, pois também as condições oficinais eram muito mais modestas, e as armas eram de boa qualidade e raramente avariavam...
DEPOSITO DE MUNIÇÕES E EXPLOSIVOS - Fornecia de munições de todo o tipo as unidades militares da zona sul de Angola, fazendo ainda a triagem e inutilização de munições avariadas e obsoletas. Possuia para isso 3 paiois a cerca de 1 km do aquartelamento, com mais de 30 toneladas de explosivos e munições. Tinha ainda como missão guardar e fornecer explosivos a civis para exploração de pedreiras.
VISITAS DE INSPECÇÃO TECNICA - Era missão do PAD1246 fazer visitas regulares de inspecção às viaturas, armamento e munições das unidades militares apoiadas, sempre com caracter preventivo e didáctico. E muitos foram os quilómetros percorridos nessa missão e vários os precalços e aventuras ...
AS INSTALAÇÕES EXISTENTES - O PAD tinha um pequeno quartel próprio, com 3 blocos principais dispostos em U (Um-Oficina auto, Dois-Caserna e Três-Comando, Secretaria e Armazém de peças), encostado ao grande quartel de Infantaria (RIA), onde era feita a instrução das tropas locais. A entrada do PAD era um simples portão de tubos em ferro, um pequeno refugio para o soldado de guarda, e a vedação feita com rede de arame. O piso, terra batida, completamente irregular, e um lamaçal quando chovia.
O INICIO E O PORQUÊ DAS OBRAS - A historia interessante das "obras no PAD", começam um pouco antes ... pois no início era no grande quartel de infantaria que também íamos comer, em formatura, três vezes por dia. E a comida deixava muito a desejar, principalmente uma célebre feijoada em que o "senhor" porco aparecia na travessa sempre com os pelos e bigodes ! E isto estava mesmo a chatear a malta...
Apesar de algumas queixas informais, ninguém parecia poder modificar as coisas.
Um belo dia ao almoço, de novo com a célebre feijoada, o furriel Silva depois de conversar com os abelhas formados à frente do refeitório, para entrarem, manda "sentido" pede licença ao oficial de dia do quartel grande, e ordena "meia volta volver, vamos embora sem comer", perante o espanto do tenente-coronel de serviço e de algumas centenas de tropa local tambem formada a aguardar entrada no refeitório! "Ganda" bronca !
Porque a atitude foi entendida como "levantamento de rancho em tempo de guerra", o furriel Silva teve de ficar sossegado no quartel para não ser preso, e depois de muita pressão e ida a Nova Lisboa de um oficial do Serviço de Material de Luanda, as coisas lá se acalmaram.
Mas o quartel grande já não queria alimentar os abelhas, e assim começaram as obras do PAD1246.
Tivemos de passar a fazer a nossa comida "rápidamente e em força" - escolheu-se um cozinheiro e um ajudante, improvisámos uma cozinha e um refeitório, comprámos loiças e talheres a crédito, pagos depois com o apoio do MNF-Movimento Nacional Feminino e algumas boas-vontades, e passámos a ir buscar os géneros à Manutenção Militar, fazendo uma gestão "esquisita" dos pedidos: nos dias de bife e ovos requisitávamos 100 refeições e nos dias de feijoada requisitávamos 0 (zero) - com a ajuda do comandante daquela unidade, nosso amigo...
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AS OBRAS QUE FIZEMOS - Rápidamente conseguimos fazer um barracão para cozinha e refeitório; a areia íamos buscar ao rio, os tijolos eram oferta do refugo duma fábrica, o cimento aparecia (misteriosamente, durante a noite, desapareceram alguns sacos no quartel grande ... - coincidências!), a madeira cortava-se na mata - e o barracão ficou pronto, com bancos e mesas. Na pesquisa feita em roças abandonadas descobriram-se coisas uteis, incluindo um enorme fogão a lenha, com forno e tudo, que a paciência dos nossos serralheiros tornou operacional. E a festa de inauguração foi de arromba, com toalhas de plástico e as senhoras do MNF convidadas a provarem um banquete, que a Manutenção Militar nos deu pela "porta do cavalo".
O barracão foi sempre melhorando, e acabou por ter cozinha, despensa, refeitório, barbearia, biblioteca, escola, chão cimentado e até janelas com vidros ... - enfim, um autêntico luxo !
E com a pedalada conseguida, nunca mais parámos as obras: desde a modificação da caserna e do armazém de peças, criando espaços separados e uma cantina, até um novo portão de entrada, com duas elegantes colunas, encimadas pelo símbolo do Serviço de Material, a base para a bandeira, a estátua, a parada com vasos de plantas, enfim, a área da construção civil passou a ocupar muitos tempos livres e a ser o destino do voluntariado e boas vontades, pois nunca interferiu com a nossa verdadeira missão, cujos numeros foram sempre crescendo e motivaram sempre elegios das chefias militares.
Sentimos, todos, que deixámos uma marca vincada da nossa passagem.
Aqui ficam algumas das obras que fizémos.
Uma das vertentes importantes da nossa missão foi o ensino. Um grupo de jovens, cerca de 10 com várias mudanças, teve oportunidade de conviver e alimentar-se connosco, aproveitando o tempo para a sua formação, em duas àreas: escolar, basicamente parta aprenderem a ler e escrever, e profissional, tornando-se aprendizes e ajudantes na oficina, como mecânicos, serralheiros, electricistas auto.
A vertente escolar não atingiu a eficiência desejada, por razões várias, mas na componente oficinal alguns dos jovens conseguiram os conhecimentos básicos para prosseguirem naquelas profissões, o que muito nos orgulhou.
OS MEIOS - Os meios que tinhamos eram antiquados, mesmo na época: o stencil. Era feita uma matriz em papel de cera, com o texto à màquina de escrever sem fita e os desenhos feitos à mão com um estilete de aço, que marcava a cera; esta matriz era passada numa pequena rotativa de manivela, que fazia passar a tinta pelos regos escavados na cera e a "carimbava" no papel, a ritmo lento.
O IMPACTO - Da "carolice" e escassez de meios, nasceu no entanto uma forma que ajudou muito na consolidação do espírito de equipa, no cimentar da amizade e companheirismo, pois os abelhas sentiam "o jornal do PAD" como uma afirmação da sua identidade.
A par do humor e entretenimento, muitas polémicas foram lançadas pelo jornal, sempre atento à critica e à pedagogia, e algumas discussões gerou - mas com isso mesmo se conseguiu uma convivêcia mais sã, a aceitação das diferenças e a clarificação das fronteiras, reforçando o sentido de grupo e pertença.
E sabemos que a iniciativa também "agitou" as águas fora do nosso quartel, pois muitos eram os pedidos de cópias, que esgotavam rapidamente.
Deixamos aqui algumas páginas do nº1, para recordar o aspecto ... pois os meios rudimentares e os 30 anos passados tornam dificil obter, agora, uma boa imagem - mas talvez haja paciência para mais tarde recuperar estes exemplares.
***** DUPLO-CLIQUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR O TAMANHO ****
Para comemorar a passagem dos Abelhas por Nova Lisboa, dois abelhas (Furriel Silva e o 1º Cabo Silva/Benfica) resolveram que ficaria bem à entrada do quartel uma estátua - mas não um qualquer símbolo militar, pelo que rejeitaram a ideia habitual do canhão ou do carro de combate.
Se a nossa actividade era o trabalho de apoio, então a estátua deveria glorificar isso mesmo: o espírito do trabalhador, numa expressão plástica que realçasse o seu sentido de importância, nobreza e liberdade, associando-o a uma pose orgulhosa e digna.
Realizada em ferro pintado a negro, foi implantada no centro de uma peanha com àgua - como emergindo de um elemento natural e puro.
Foi mais um ponto de orgulho, com inauguração solene pelo Brigadeiro Nobre dos Santos, Comandante do Serviço de Material em Angola.
Soubemos depois que alguns dos símbolos usados mereceram alguma suspeita (o martelo de ferreiro nunca foi de facto bem visto...), o que trouxe inclusivé alguma pressão sobre o nosso comandante Ladino. A ele agradecemos o apoio que sempre nos deu e a figura paternal que tão bem soube representar.
Infelizmente, como tantas vezes acontece com a cultura, soubemos que a obra acabou por ser destruida pela incompreensão dos nossos sucessores.
Nota:
Recebemos agora a informação que, em 1973, com o PAD3069 (Rui Seleiro) a estátua ainda estava de pé. Com o PAD9789 (Antonio Fernando Pinto), que foi o ultimo PAD que esteve no local, em 1974, antes da independência, a estátua já não existia. Afinal, ainda durou uns anos ....
1968 - FESTA DO 1º ANO DE COMISSÃO
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1968 - FESTA DO 1º NATAL
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1969 - FESTA DO 2º ANO DE COMISSÃO
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OS BICHOS NOSSOS AMIGOS: os cães (Lassie e Básico), o camaleão (Horácio), um chimpanzé apenas de visita, as galinhas e os coelhos, e tantos outros...
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1968-VISITA À FABRICA DE CERVEJAS DA CUCA, À CHEGADA A LUANDA
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1969 - PASSAGEM PELAS MINAS DE FERRITE DO CASSINGA
A festa do 2º ano foi um frenesim, com o final da comissão de serviço e o regresso a casa já no horizonte. Pouco depois chegaram os "maçaricos" que nos foram render, e foram os dias de passagem do material e equipamentos, do ensinar das burocracias a cumprir, e do partilhar as razões do nosso bom ambiente.
E ala para Luanda, que se faz tarde !
O embarque em Luanda já no final de Dezembro, fez com que o Natal fosse passado a bordo, em viagem, com a chegada a Lisboa em 28 de Dezembro de 1969, felizmente sem baixas. Ficou em Luanda apena o soldado Francisco Duarte SILVA a ser ouvido sobre um incidente quando estava de guarda ao quartel, e que regressou a Portugal uns meses depois.
DOIS MALUCOS (Furriel Silve e o Benfica) QUE AOS DOMINGOS CORRIAM UMA MARATONA DE 36km, ATÉ À VILA DA CAALA, SÓ PARA MANTER A FORMA....
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O ALCINO À PORTA DE ARMAS E O SEU FIEL "CAVALO DE PAU"
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AS NASCENTES DE AGUA QUENTE DO ALTO HAMA
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AS CAÇADAS - NORMALMENTE LOMBO DE VEADO AO ALMOÇO ... OU MAIS UMA PEÇA PARA O SABINO EMBALSAMAR ...
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UMA BANHOCA NAS AGUAS DO RIO ... E OS CROCODILOS ? ARRISCÁMOS, POIS AS OBRAS PRECISAVAM DE AREIA, MUITAS PAZADAS DE AREIA !
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O TARUJO E O ALCINO, E OS TUBOS DE AGUA PARA A COZINHA.
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SEMPRE DISPOSTOS A UM JOGO DE FUTEBOL... MESMO QUE NÃO HOUVESSE ONZE
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OU A UMA PROVA DE MOTOCROSS.
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UM PASSEIO ATE AO LOBITO NUM CARRO A GASTAR 30 LITROS AOS 100km...
EMAIL RECEBIDO:
Olá, Quando li este texto sobre a vossa estátua, fiquei sem saber qual a estátua, no final verifiquei que alguém a tinha destruído. Infelizmente há pessoas que lhes custam construir alguma coisa, mas destruír não lhes custa nada. Eu infelizmente também não tive o prazer de apreciar essa obra porque quando eu lá cheguei já nao existia. Mas tudo bem, fiquei feliz por ver aqui essa escultura, parabens aos seus autores.
COMENTARIO RECEBIDO:
Rui Seleiro, email de 08/01/2010:
.... venho por este meio intervir numa duvida que paira no ar, sobre o monumento ao vosso PAD, pois eu com estas fotografias tiradas em 1973, no PAD.3069 que eu incorporei como 1ºcabo, chegamos em DEZ.1971 e acabamos a comissão em 1974, espero que com esta foto sossegue algumas pessoas que já estavam tristes por pensarem que o vosso monumento não tinha resistido até ao 25 abril, a partir desta data é que já é duvidoso ... um bem aja para todos, do vosso camara de armas ex, 1ºcabo Rui Seleiro
A partir do nosso convívio de 2006, o Henrique Martins dos Santos criou um "hino" e uma "canção de amigo", com letra e musica suas, que tem sido sempre um excelente complemento dos convívios e uma oportunidade para todos os abelhas mostrarem que tambem formam um bom coro - talvez que só um pouquinho desafinados ....
Eis a letra:
O HINO: VIVA O NOSSO PAD
Hoje é o nosso grande dia
Por isso vamos cantar
Sentimos muita alegria
Mais um ano festejar
Neste convívio se vê
Como somos tão fiéis
Viva o nosso PAD
Mil duzentos quarenta e seis
Ai vamos cantar
Juntar nossa voz
Como é bom estar
Assim todos nós
Com muita alegria
E satisfação
Haja sempre harmonia
Na nossa união
Vamos ter o prazer
Que nós desejamos
Temos de fazer
Pelo menos cem anos
Pra nós é gratificante
Recordarmos o passado
Ter assim um comandante
Que está sempre ao nosso lado
A malta foi sempre unida
Nada podia falhar
Nossa missão foi cumprida
E a amizade vai continuar
Ai vamos cantar
(....repete...)
CANÇÃO DE AMIGO: AMIGOS PARA SEMPRE
Diz-me amigo
Ai diz-me lá amigo
Se é verdade ou não é
Aquilo que eu digo
Não me mintas
E diz toda a verdade
Como é lindo este convívio
Quando há tanta amizade
Tantos amigos tenho feito
São amigos a valer
Por todos tenho respeito
Sou assim até morrer
Viva o nosso PAD
Não me esquecerei jamais
Do soldado ao comandante
Seremos todos iguais
Vamos todos
Ai vamos todos cantar
Esta linda cançãoi
E à malta dedicar
Mais um ano
Estamos a comemorar
Para mim este convívio
Nunca mais deve acabar
Tantos amigos tenho feito
(...repetir...)
A PARA OUVIRES A VERSÃO MUSICAL, PÕE O SOM ALTO E CLICA AQUI.
O 1º almoço convívio, feito 30 anos depois do regresso, em 31 de Março de 2001, foi emocionante para todos, num extravasar de recordações, amizades adormecidas e uma grande cumplicidade até então sempre latente.
Decorreu em S.João da Madeira, no Restaurante Monte Peão.
O almoço de convivio decorreu em 8 de Junho de 2002, em Paços de Ferreira.
Desta vez foi em Paços de Ferreira, no Restaurante "A Nossa Pensão", após uma visita ao Museu do Movel.
O convívio de 2009 decorreu no mesmo local do ano anterior, o Restaurante Casal Frade, na Benedita-Alcobaça.
Infelizmente, foram muitos os Abelhas que não compareceram, sinal decerto dos tempos de crise que atravessamos, e que a todos atinge, limitando muito a nossa vontade de partilhar estes momentos de amizade.
No proximo ano tudo será melhor: o convívio será no Norte, mais perto portanto da residência da maioria dos Abelhas e, esperemos, a crise terá já abrandado.
Aqui ficam algumas fotos e um filme do acontecimento.
Pelo correio vai seguir uma lembrança - logo que o Américo dê as moradas ......
E agora, se quisem ouvir uma daquelas cantigas que cantávamos lá em Nova Lisboa, cliquem na tecla -> no canto inferior esquerdo, e digam lá se as vozes não continuam afinadas....
E como não podia deixar de ser, no convívio houve lugar ao hino, embora com um coro um pouco indisciplinado ..... faltaram algumas "carecadas" !
(vê no indice onde diz Hino - tens lá a letra)
O ultimo almoço convivio dos abelhas foi em 2009. De então para cá, a crise economica do país, o avolumar das idades, o aparecimento de algumas maleitas e o "partir" de alguns, têm tornado cada vez mais dificil de reunir os abelhas que ainda esvoaçam por aí.
Quisemos dar um pequeno empurrão na crise e suscitar vontades. Por isso, os abelhas sobreviventes da area de Lisboa fizeram um almoço simbólico, com poucos é certo, mas para tentar atrair mais alguns. Pena que alguns casos não vieram por doença, outros não conseguimos contactar e de alguns perdemos completamente o rasto.
Da direita para a esquerda reconhecem-se, para alem das nossas "bengalas", o Pastilhas, o Horta, o Pissarra, o Sacavem, o Benfica e o Silva.
Mas deixamos o desafio aos abelhas do norte - que são a grande maioria - para congregarem vontades e avançarem tambem num almoço de arranque. Para o qual podem e devem convidar os "mouros" do sul, que farão o possivel por tambem aparecerem.
Vamos retomar o nosso convivio ?
Ora vamos lá deixar a velhice de lado, juventude !!!...
De novo alguns Abelhas da area de Lisboa se encontraram num almoço, que decorreu com muita animação e com muita saudade dos que infelizmente já partiram. Pena que nem todos puderam comparecer, alguns por razões de saude. Vamos tentar que no proximo almoço estejam tambem alguns Abelhgas que andam a voar mais longe, lá pelo norte do país.
Aqui ficam para recordar algumas fotos do Horta, do Sacavem, do Piçarra, do Pastilhas e do Silva, devidamente acompanhados.